sábado, 26 de junho de 2010

acordou pensando: 'tudo bem, tudo bem, tudo bem, vai passar'. era preciso repetir para acreditar. não entendia o porquê de tudo ser tão caótico e estar permanentemente saindo do seu controle. era incrível como tudo simplesmente fugia pelos seus dedos que sempre tentavam, incansavelmente, manter as coisas ao menos... vivas. não havia lugar para fuga. jamais houve uma saída. era sempre um labirinto. a vida pregava as mesmas peças de formas diferentes que confundiam-lhe a mente, a alma e o coração. não adiantava mais acreditar que aquele tempo de paz voltaria algum dia. ele não voltaria, mas de alguma maneira, e em algum lugar, as coisas deveriam ficar bem. mesmo que o esforço tenha se tornado constantemente vão. mesmo que as esperanças no seu coração já tenham morrido de uma maneira irreversível. as coisas tinham que ficar bem, independente do coração, do aperto, da alma quase morta e incolor, apesar do desespero... em algum lugar, em algum porto, em algum túnel, mar, céu, a sete palmas do chão, o seu coração iria descansar. e dormiu.

domingo, 13 de junho de 2010

a dor de perder-te é tão alucinante que me é quase física