sábado, 11 de dezembro de 2010

parece terrivelmente difícil mas o costume com a solidão é algo que faz parte de todos nós...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

meu sentimentalismo anda acabando com todos os meus muros internos, todos os meus certos e todos meus errados. ando divagando por meio de tantos pensamentos, tolos e levianos, que o coração insisti sobrepor sobre a mente. questionando-me sobre todos os sonhos solúveis que foram criados tão facilmente e riscados tão facilmente de tantas listas sonhadoras. ando sentindo-me perdida, vazia, fugitiva e mais, do que sempre fui, intocável. desvio-me de todas as possibilidades de perder a razão por segundos, porém me encontro constantemente estudando todos os meus traços mais humanos e dionisíacos. ainda me olho no espelho e continuo sem conseguir enxergar qualquer rosto - continuo sem poder ver a realidade, sem poder sentir os cheiros da podridão e do prazer. ao menos meus lábios já pararam de recusar sensações diversamente novas e palavras fortemente destruidoras - ainda que seja através dos meus dedos a forma mais contínua e sincera pela qual cuspo e vomito todas as minhas pequenas e tortas letras.

dois mil e...

antes de conseguir sonhar seus pensamentos voam por todas memórias. ela já tinha esquecido, mas eles trazem opostos sentimentos e desejos - que duram sete segundos cada. aí vêem seleções de pensamentos, lembranças, falas e escutas. os sonhos sempre a visitam toda a noite, as memórias são mescladas como as cores da primavera. tic tac, tic tac, tic tac. o relógio interrompe sonhos - já está na hora. como o clima naquela manhã ela foi esfriando, como o céu se fechando e a chuva era exatamente como as lágrimas fracas e finas que encheram seus olhos às dez e vinte. finalmente ouviu a voz que precisava, finalmente se deu conta do real valor de tudo. percebeu, enfim, que a maioria das coisas tem única utilidade e pouquíssimas conseguem ser realmente úteis. exatamente como seus alguéns, e ela sabe que só ela sabe de tudo sobre ela. finalmente sabe. mil razões, mil questionamentos, mil respostas, mil dúvidas, e a unica certeza de que deveria mudar. e mudar sempre foi sua maior rotina. assim como cegar-se sempre foi seu maior hábito, como tomar o café preto logo que acorda, pra vê se consegue acordar.comprimidos são seus maiores vícios, os que terminam a dor os que inibem a raiva os que ofuscam a solidão, e a ansiedade seu maior pecado. sempre assim. como um camaleão que muda de cor, ela muda de humor e de temperatura de acordo com a trilha, de acordo com as cores. mudar, mudar. rotina, rotina, rotina. tic tac, tic tac. tempo sempre determinante, sempre presente, sempre limitante. para disfarçar as lágrimas põe seus óculos de realidade, sem peneira pro sol nem filtros UVA, finalmente tudo não era enxergado embaçado. e a realidade começou a fazer sentido e parte de suas percepções. só observa, ela só observa. atos, palavras, planos, tempo. tic tac, tic tac, tic tac. sentimentos novos borbulham pelos poros e finalmente o frio na barriga não a faz transformar tudo em um casulo, aonde até então ela permaneceu intocável. levou tempo, sempre leva. tic tac, tic tac, tic tac e os sonhos acabaram.

sábado, 11 de setembro de 2010

desmoronamento

no momento em que senti seus dedos se cruzarem novamente com os meus comprendi que não posso exigir os mesmos sentimentos de um coração que eu mesma modifiquei. por tantas vezes perdi o racicínio tentando comprender o que se passava dentro de um peito tão quieto como o dela - diversas vezes acreditei vemente que nada existia ali dentro. eu sei, pode parece extremamente triste confessar isso. é difícil admitir a minha própria desconfiança em relação ao que lhe fazia viver, nunca a compreendi por inteiro, nunca a senti por inteiro. talvez ela nunca tenha sido inteira ao meu lado... talvez eu nunca tenha pedido isso a ela, também. não sei. não sei ao certo em que momentos fomos desaparecendo uma da rotina da outra, não sei ao certo o momento e o motivo pelo qual durante detestáveis manhãs não escutei sua voz me desejar bom dia ou me perguntar sobre o dia depois de exaustivas horas de trabalho.
ainda tenho dúvidas, mágoas, raiva e um amor doce guardado em algum lugar pra ela. ainda vou precisar de mais sete vidas para compreender aquele coração tão tortuoso e confuso quanto o meu.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

poucas pessoas que conheço tem o dom de ter em suas mãos um coração dividido e transformá-lo em apenas um. não compreendo, até o atual momento, a mágica e o toque necessário para que tal fenômeno aconteça - admito, nunca tive capacidade e sensibilidade o suficiente para acarretar em algum coração, mesmo desejando, intimamente, tal transformação. reconstruir um coração não é em nada fácil, com o passar do tempo algumas peças não se encaixam mais... são os persistentes - e eternos - traumas, as rasgadas e lascas perdidas que não deixam a forma antiga se reconstituir. por óbvio, nem sempre as peças se encaixam. e, na verdade, o coração que acaba (trans)formando-se é (in)completamente novo.
sorrio com os breves devaneios que me vem à mente agora, efeito longo, claro e anual de agosto. contento-me apenas com a sensação de sentir algo bater dentro do peito, incansavelmente, por ter sofrido, algum dia, efeito de mãos pacientemente mágicas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

poucas pessoas que conheço tem o dom de ter em suas mãos um coração dividido e transformá-lo em apenas um. não compreendo, até o atual momento, a mágica e o toque necessário para que tal fenômeno aconteça - admito, nunca tive capacidade e sensibilidade o suficiente para acarretar em algum coração, mesmo desejando intimamente, tal transformação. reconstruir um coração não é em nada fácil, com o passar do tempo algumas peças não se encaixam mais... são os persistentes - e eternos - traumas, as rasgadas e lascas perdidas que não deixam a forma antiga se reconstituir. por óbvio, nem sempre as peças se encaixam. e, na verdade, o coração que acaba (trans)formando-se é (in)completamente novo.
sorrio com os breves devaneios que me vem a mente agora, efeito longo, claro e anual de agosto. contento-me apenas com a sensação de sentir algo bater dentro do peito, incansavelmente, por ter sofrido, algum dia, efeito de mãos pacientemente mágicas.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

belamente intacto

teu amor é tão meu que me dói. dói quando o coração pulsa demais, quando a cabeça não controla o desejo ou quando eu te vejo e me falta o ar, o chão, a reação ao teu sorriso. meu coração é mais coração porque, um dia, tu pegou a minha mão e eu segurei a tua. e nossa! como é bom continuar segurando ela até hoje.

sábado, 26 de junho de 2010

acordou pensando: 'tudo bem, tudo bem, tudo bem, vai passar'. era preciso repetir para acreditar. não entendia o porquê de tudo ser tão caótico e estar permanentemente saindo do seu controle. era incrível como tudo simplesmente fugia pelos seus dedos que sempre tentavam, incansavelmente, manter as coisas ao menos... vivas. não havia lugar para fuga. jamais houve uma saída. era sempre um labirinto. a vida pregava as mesmas peças de formas diferentes que confundiam-lhe a mente, a alma e o coração. não adiantava mais acreditar que aquele tempo de paz voltaria algum dia. ele não voltaria, mas de alguma maneira, e em algum lugar, as coisas deveriam ficar bem. mesmo que o esforço tenha se tornado constantemente vão. mesmo que as esperanças no seu coração já tenham morrido de uma maneira irreversível. as coisas tinham que ficar bem, independente do coração, do aperto, da alma quase morta e incolor, apesar do desespero... em algum lugar, em algum porto, em algum túnel, mar, céu, a sete palmas do chão, o seu coração iria descansar. e dormiu.

domingo, 13 de junho de 2010

a dor de perder-te é tão alucinante que me é quase física

terça-feira, 25 de maio de 2010

a tristeza cansa tanto a minha alma que eu não consigo ter vontade de escrever sobre isso dignamente

quinta-feira, 13 de maio de 2010

velhamente constante

as pessoas tem o sério problema de entender que eu não vou estar sempre disposta a estar ao lado delas quando elas precisarem. afinal, ninguém nunca esteve ou está disposto a sempre estar ao meu lado quando eu preciso ou precisei. não existe coisa que me tire mais do sério do que essa teoria frajuta que as pessoas criam internamente ao meu respeito. desculpem, mas eu não sei ser pisada, desrespeitada e tenho sérios problemas em admitir, que por consecutivas vezes, descontem em mim problemas que nada tem a ver comigo. é exatamente isso o que mais me desaponta em todos os seres humanos que eu conheço - e em mim, obviamente. eu não sei dar amor quando não recebo-o de volta, e não acho isso totalmente ruim. o meu peito GRITA inraivecido quando nota que as pessoas fazem pouco caso do que eu sinto por eu demonstrar demasiadamente os meus sentimentos. uma vontade de mandar todos ao inferno me toma, já que talvez indo ao inferno os outros se deem conta do quanto é ruim não existir ninguém que sinta algo 'positivo' por ti. admito, que sentir me cansa e me dói muito. nesse mundo às avessas, ninguém aprendeu ainda como receber dignamente os sentimentos bonitos que os outros estão dispostos as nos direcionar. e isso é terrivelmente triste. e me entristece e decepciona terrivelmente.

terça-feira, 16 de março de 2010

todo o tempo que permenaci ali sentia meus membros se apagando, como se aquele lugar, os olhares julgadores, as palavras não terminadas... como se tudo fosse afastando quem eu sou de mim. a minha própria sombra ia desaparecendo do chão, junto a luz que se apagava a cada acusação jogada naquele poço de decepções. durante aquelas horas eu desejei não ser a história que eu era, a história que eu sempre fui.

sexta-feira, 12 de março de 2010

verde

mesmo que cada dia que passe fique mais cinza, que cada inspiração seja cada vez mais pesada e, até mesmo, inútil, mesmo que com o passar dos segundos a fé vá se esgotando e até a vida vá ficando incolor.... não deixe que os suspiros parem, nem que as cores se apaguem. e acima de tudo nunca entregue o coração a inércia de não acreditar que amanhã tudo pode amanhecer iluminadamente colorido.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

clichê

era bonito vê-los juntos, intensa sintonia, forte troca de toques, muito sorrisos pra uma dupla só. sempre os observava da janela do quarto, tinha a impressão de assistir um daqueles filmes antigos nos quais as pessoas sentem, vivem, se apaixonam e amam de verdade. até nas trocas de duras e altas palavras e mágoas era perceptível notar todo o amor em que neles existia - no frio era ele quem ia se aconchegando em todos os pedacinhos vãos dela e ela que sempre tentava esquentar-se junto aquele corpo tão quente, durante e pós as lágrimas lavarem o rosto de ambos era sempre ele que fazia-a baixar a guarda, guardar o orgulho, deixar pra lá as preocupações, a envolvendo com aqueles braços compridos e as mãos brancas. era bonito vê-los chegar depois de dias exaustivos e encharcados pelas lágrimas do céu, rindo se aquecendo e se secando entre as brincadeiras e risos. eram muitos sorrisos para uma dupla só. diversas vezes os assisti tocar centenas canções, se encontrarem no mesmo tom, fazer amor na melodia.. o tom da voz dela doce como as frases de efeito que ele cantava baixinho perto do ouvido dela arrancando-lhe sempre um sorriso-beijo. sempre que os via atravessando a rua com as mãos lotadas de compras tinha vontade de para-los e dizer 'nunca se percam, não eixem essas pessoas tortuosas atrapalharem o caminho de vocês '. eles me sorririam, diriam que não iam deixar essa vida inconstante separá-los, mostrar-me-iam o circulo que envolvia um pedaço do corpo de cada um, 'uma aliança?' perguntaria, eles ririam e ele explicaria 'não, é um ciclo sem fim, como o que a gente sente um pelo outro.' e ela complementaria 'nosso amor é coisa de outra vida, são almas destinadas diversas vezes, paixões vividas por infinitas vidas, é algo que veio junto quando eu nasci, quando ele nasceu'. passaria,e confirmaria que eles eram mais fortes que o amor, e esse amor era mais forte que todos os deuses juntos.



'poden más que el amor, e son más fuertes que el olimpo', escrevi-lhes num bilhete que deixei em baixo do tapete. os vi sorrir,
ouvi ela ler alto para ele na cozinha 'o nome dela é luísa.. ela mandou um beijo.'

me mudei alguns meses depois, com o coração cheio de vontade de viver e ter sido predestinada a um amor como aquele.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

tou a procura de uma nova música, um novo poema, trecho de algum texto bonito pra tentar 'variar' um pouco o meu contínuo discurso. se eu fosse escrever, mais uma vez, algo sincero, de um lugar tão (pro)fundo do meu peito, sairiam as mesmas palavras, os mesmos desejos... e hoje me dei conta, só sei falar em/de amor pra ti porque ele é a única coisa que encontro quando me olho, me vasculho e te encontro em mim.