segunda-feira, 26 de setembro de 2011
é só o vômito e mais nada
e quando eu vejo me pego chorando por saber que não é a tua mão que vai segurar a minha quando isso for necessário. e choro por ter total ciência de que eu persisto em investir em algo que nunca saiu do lugar, que se mantém na comodidade doce da tua inércia combinada com a minha constante aceleração-e-vontade-de-ser-livre. e choro sem saber se todo esse tempo foi perdido, sem saber o que fazer com todo esse teu orgulho que te afasta mil quilômetros de mim, e que me diz não, não e não, mesmo sabendo que a minha fraqueza estúpida só sabe dizer sim, e que sim, vai ficar tudo bem, e que sim, as coisas não vão mudar, e que sim, é preciso ter paciência, e que sim essa felicidade estampada no meu rosto é totalmente proporcional a consciência que me diz todo o dia de manhã que a tua mão nunca vai me levar a lugar algum, sem que eu peça. e que sim e sim, e sims, mas do que importa? me diz, do que importa se a gente vai continuar presos nesse mesmo ponto, que nos faz dar voltas e voltas no mundo sem chegar a nenhum lugar diferente desse de onde partimos?
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
eu estava nas nuvens. de repente, comecei a cair movida pelo desejo de que você e seu egoísmo mesquinho se explodissem. minhas asas foram cortadas. eu só sabia sentir raiva, raiva por ter abdicado, entendido, apoiado demais alguém que só soube olhar para o próprio umbigo sujo e completamente entupido do maior egoísmo dissimulado que eu já presenciei. atrás de todo o amor discursado vem essa hipócrita vontade de ter o mundo focado em si, em seus problemas “os-maiores-e-mais-injustos-do-universo”, em como resolvê-los sem ter que mexer um fio de cabelo sequer. eu sinto raiva por ter sido quem fez exatamente tudo isso para você ficar aí, satisfeito, insosso me olhando como o maior abandonado, sem intenção nenhuma de fazer mal a ninguém.
caio, caio sem asas para poder gritar com toda força possível que cansei dessa cara dura de ingenuidade que esconde muita consciência do mal e a da dor que causa, cansei de ter a paciência e a compreensão que jamais pensei que caberia em mim... com alguém que tem as maiores dificuldades de entender minhas palavras, gestos e percepções.
caio e não me importo de me desintegrar por completa quando ocorrer o choque entre meu corpo e o nosso chão, torço para me desintegrar de vez e não seguir me desintegrando aos poucos como venha fazendo a tanto tempo por alguém que não conhece a gratidão e não sabe o que é o reconhecimento.
no lugar das asas tenho cortes que escrevem: "você me ama pelo que me mata"
caio, caio sem asas para poder gritar com toda força possível que cansei dessa cara dura de ingenuidade que esconde muita consciência do mal e a da dor que causa, cansei de ter a paciência e a compreensão que jamais pensei que caberia em mim... com alguém que tem as maiores dificuldades de entender minhas palavras, gestos e percepções.
caio e não me importo de me desintegrar por completa quando ocorrer o choque entre meu corpo e o nosso chão, torço para me desintegrar de vez e não seguir me desintegrando aos poucos como venha fazendo a tanto tempo por alguém que não conhece a gratidão e não sabe o que é o reconhecimento.
no lugar das asas tenho cortes que escrevem: "você me ama pelo que me mata"
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